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Criação da primeira Tipografia no Brasil

Hoje completam 215 anos da chegada da primeira Tipografia no Brasil. Foi apenas em 1808, após longos 400 anos de sua criação pelo alemão Johannes Gutenberg que o Brasil começou a publicar seus próprios livros e periódicos. Não existia produção intelectual no país devido a proibição de Portugal. As únicas produções eram ilegais e bem rústicas.





Quando a Coroa Portuguesa veio para o Brasil fugindo das tropas de Napoleão, era preciso trazer os prelos da imprensa oficial, para publicação de decretos e claro, para garantir o conforto da família Real, que veio para Colônia que seria seu novo lar.


Mas a imprensa oficial não publicava tudo o que era produzido no país. A maioria das impressões eram os decretos reais, bíblias e livros permitidos pela Coroa. Toda a produção era avaliada por uma censura. Com a tipografia se instaurando no país, periódicos foram surgindo e mesmo com a censura, conseguiam transmitir suas ideias e auxiliar os brasileiros com esclarecimentos. Um destes exemplos é Hipólito da Costa, fundador do primeiro jornal do Brasil, o Correio Brasiliense, mas que era produzido na Inglaterra, país que habitava o escritor e jornalista. Nesta época, não existiam jornalistas no Brasil, então quem se arriscava nos periódicos eram escritores, médicos, advogados e qualquer pessoa que quisesse se aventurar nas páginas dos jornais, que pelas condições da época, eram produzidas em pequenas quantidades.


Hoje graças a tecnologia e ao acesso a informação, grandes indústrias como a Servcamp conseguem em pouco tempo produzir milhões de impressos, com qualidade e custos baixíssimos se comparados aos nossos primórdios.


Curiosidade:


Falando em tipografia, você já ouviu falar em Caixa Alta e Caixa Baixa? Nos referimos assim quando falamos sobre letras maiúsculas e letras minúsculas. Esse termo surgiu, pois na época da impressão tipográfica, as letras que eram feitas de metal, ficavam guardadas em caixas de madeira, separadas as letras maiúsculas das minúsculas. As maiúsculas ficavam na parte superior e as minúsculas na inferior. Quando o escritor ia pedir alguma letra, pedia para pegar da caixa alta (superior/maiúscula) ou caixa baixa (inferior/minúscula).



Como funcionava a prensa tipográfica?


  • Letra Por Letra

Cada página era montada com centenas de caracteres, organizados manualmente.


  • Trabalho Manual

Os compositores organizavam as letras para formar as palavras em uma linha de texto. Depois, em uma forma, juntavam as linhas – que se transformavam em colunas e, por fim, em uma página inteira.


  • Tipos Móveis

Eram fabricados em placas de metal duro, as chamadas matrizes. Elas serviam de moldes para fundir quantos caracteres fossem necessários para compor uma página.


  • Tinta na Letra

Na época, o pigmento era à base de água e não oferecia uma boa aderência na hora da prensagem. Para a sua prensa, Gutenberg usou uma tinta composta de óleo de linhaça e negro-de-fumo, que marcava o papel e não borrava. Ela era aplicada nos tipos móveis com uma trouxa de pano.


  • A Impressão

A forma ficava sobre uma pedra de mármore e a prensa era movimentada por uma barra, que movia a rosca e o prelo. O papel ou o pergaminho ficavam em cima dos caracteres, sob os quais eram prensados por um prato de platina, ganhando o aspecto de uma página.


  • Prensando

Como o prato de platina era pequeno, as colunas da mesma página eram impressas separadamente – o que exigia que o prelo fosse acionado duas vezes. Uma folha de feltro era colocada entre a página e a platina para melhorar o resultado da impressão.


  • Produto Final

A primeira página era analisada e, com a aprovação, outras cópias eram feitas. Depois, os caracteres eram retirados da forma e reorganizados para a impressão das demais páginas.


  • O Papel

O papel foi fundamental para a impressão dar certo. Antes dele, só o pergaminho e o velino proporcionavam boa absorção da tinta. Eles, porém, eram caros. O papel já vinha da China através da Arábia havia 200 anos, mas foi só no século XV que seu uso se generalizou.


E aí, curtiu saber mais sobre a história nessa data tão importante para a indústria gráfica atual? Conta pra gente nos comentários e fique sempre de olho, nosso blog sempre trás informações relevantes sobre um pouco de tudo.


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